"[...] Georg Luckács, no livro História e consciência de classe (1922), que atribui à consciência de classe o título de sujeito da história, ou seja, de princípio ou força que faz a história. Segundo Luckács, a consciência de classe autêntica é 'a realização racional e adequada que deve ser adjudicada a uma situação típica, no processo de produção'. Por isso, distingue-se da falsa consciência, que é uma reação inadequada a tal situação, que ignora suas contradições. A consciência de classe é o ponto de partida da vocação de uma classe para o domínio, ou seja, para a organização de uma sociedade conforme com os seus interesses (Histoire et conscience de classe, 1960, pp. 72 ss.). A consciência de classe identifica-se com a 'compreensão total da história', na qual se funda a possibilidade real de evolução da própria história em direção a uma sociedade nova".
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p. 146