1. "[...] no começo das lições sobre a estética, ele [Hegel] vai fazer uma distinção entre a beleza da natureza e a beleza da arte. Ele diz: “o meu curso vai ser só sobre beleza na arte, porque a beleza da natureza não importa. Não tem ali conceito, não tem a participação humana, é uma beleza pobre”. Então, ele vai excluir a beleza de uma paisagem para dizer assim – ele diz isso, literalmente: qualquer poema mal escrito de uma pessoa, de um adolescente apaixonado, de um diletante, vai ter sempre muito mais valor para a filosofia do que o pôr do sol no lugar mais espetacular que você já tenha presenciado".
FEITOSA, Charles. [Entrevista concedida a] Marco Schneider. In(com)formação, [Org.] Marco Schneider. 2022. p. 138