"Do desdobramento da “referência” (da biblioteca pública para a educação continuada em contextos sociais oprimidos) e da “leitura” (como teoria e método de emancipação) sobressairão pesquisas e ações ao longo do século XX em bibliotecas e/ou mediante bibliotecárias, bibliotecários e ações biblioteconômica que ganharão evidência a partir de uma teoria crítica, orientados, por exemplo, pela fundamentação marxiana e paulo-freiriana. É o caso arquetípico do âmbito das bibliotecas itinerantes do Carro Biblioteca da UFMG e o conceito de informação social (REIS, REZENDE, 1995), cuja correlação estabelecida entre leitura e acesso ao computador (antes da existência do computador em rede) demarcava nos anos 1980 no Brasil o jogo de complementariedade da formação crítica entre referência e leitura, ou no duplo continente-conteúdo". (BEZERRA, Arthur Coelho; SCHNEIDER, Marco; SALDANHA, Gustavo Silva. Competência Crítica em Informação como crítica à Competência em Informação. Informação & Sociedade: estudos, João Pessoa, v.29, n.3, p. 5-22, jul./set. 2019. p. 10)
"Compreender o neoliberalismo informacional é, por exemplo, deitar sob as lentes da epistemologia histórica o conceito de “competência em informação” e analisá-lo criticamente em sua constituição". (BEZERRA, Arthur Coelho; SCHNEIDER, Marco; SALDANHA, Gustavo Silva. Competência Crítica em Informação como crítica à Competência em Informação. Informação & Sociedade: estudos, João Pessoa, v.29, n.3, p. 5-22, jul./set. 2019. p. 11)
"No contexto temporal designado como “era da informação” (CASTELLS, 1999), em que a informação se prolifera e circula em uma quantidade e velocidade vultosas, a ferramenta para a melhor aquisição do conhecimento, seja na educação formal e/ou na informal, é a Competência Crítica em Informação. Aponta-se assim, a Competência Crítica em Informação como uma perspectiva teórica dentro da Biblioteconomia e Ciência da informação que permite uma análise sobre a Ética enquanto disciplina. Esta é a chave para o uso e propagação éticos da informação e uma compreensão e apropriação da política, cidadania e ciência. Para burlar e entender os mecanismos hegemônicos que embotam, escondem e distorcem a verdade, é desejável que a pessoa cidadã tenha Competência em Informação, enfatizando o pensamento crítico, consciência crítica e pensamento reflexivo". (BRISOLA, Anna Cristina; ROMEIRO, Nathália Lima. A Competência Crítica em Informação como resistência: uma análise sobre o uso da informação na atualidade. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 14, n. 3, set./dez., 2018)