"Compreender a ética estoica em uma escala extremada , que admite apenas dois valores diametralmente opostos, um único bem e um único mal (vício e virtude), pode levar, em suma, a pensar que a política comum, aquela da pequena cidade, a participação na vida pública comum, etc., não sendo necessariamente bens, não devam ser objetos de escolha, pois não têm em si valor absoluto. Daí, a compreensão do fim da política. Ou, colocado em outras
palavras, se participar da vida da cidade não tem valor em si, se é um indiferente, então é melhor abandonar de vez a política, – como mal interpretaram alguns críticos do estoicismo." (BUENO, 2019, p. 30)