1. "Edward Snowden [...] aponta e denuncia o uso e até a venda de nossos dados pessoais e históricos de navegação,
coletados pelas empresas privadas citadas, para fins econômicos, com a perspectiva de aplicar fórmulas matemáticas que possam filtrar as informações que cada indivíduo recebe na internet. Tais filtros têm o condão de organizar e personalizar o trânsito da nossa avenida informacional, estabelecendo critérios sobre quais informações irão trafegar e quais ficarão retidas na cabine de pedágio."
2. "Melhorar a sua experiência fazendo o conteúdo certo chegar até a sua timeline, de forma a não lhe aborrecer, por isso que dominar o conteúdo que nela reside é uma questão de vida e morte para as redes sociais. O conteúdo que lhe chega precisa, e nem sempre consegue, ser feito especialmente para você e as suas necessidades do momento, por isso diariamente os algoritmos sofrem novos ajustes. Isso acontece por causa dos algoritmos, que são uma série de fatores e variáveis traduzidos pela rede para mostrar ao usuário exatamente aquilo que interessa a ele em primeira mão."
3. [...] bancos de imagens funcionam como um mecanismo de busca que seleciona e ranqueia as imagens a serem apresentadas quando pesquisada uma determinada palavra-chave. Assim, através do mecanismo de busca e do uso de filtros e categorias, é possível encontrar imagens adequadas à necessidade do profissional, uma vez que, em geral, cada busca gera dezenas de páginas e milhares de resultados considerados “relevantes” (CARRERA, 2020, p. 140). Fernanda Carrera explica o modo como as imagens são indexadas e colocadas em circulação pelos mecanismos de busca desses bancos de imagens: o material é disponibilizado por fotógrafos – independentes ou associados ao site – de acordo com seu acervo ou sob demandas específicas. No momento de realizar o upload do material, o próprio fotógrafo cria tags (etiquetas de marcação) para cada documento, oferecendo uma interpretação ao conteúdo representado pelas imagens, bem como a associação a possíveis palavras-chave. Posteriormente, o banco de imagens revisa o tagueamento realizado e coloca o material à disposição no site (CARRERA, 2020, p. 141)."
1. BEZERRA, arthur Coelho. Viglância e filtragem de conteúdo nas redes digitais: desafios para a competência crítica em informação. XVI Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (XVI ENANCIB). p. 10
BEZERRA, arthur Coelho. Viglância e filtragem de conteúdo nas redes digitais: desafios para a competência crítica em informação. XVI Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (XVI ENANCIB). p. 12
2. MACHADO, Charles M. Filtro de conteúdo e censura nas redes sociais. Revista JusNavigandi. 06/07/2021. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/91750/filtro-de-conteudo-e-censura-nas-redes-sociais
3. AMARAL, Augusto Jobim do; MARTINS, Fernanda; ELESBÃO, Ana Clara. Racismo algorítmico: uma análise da branquitude nos bancos de imagens digitais. Pensar, Fortaleza, v. 26, n. 4, p. 1-9, out./dez. 2021. p. 5
"Segundo Pariser, 'são mecanismos de previsão que criam e refinam constantemente uma teoria sobre quem somos e
sobre o que vamos fazer ou desejar a seguir. Juntos, esses mecanismos criam um universo de informações exclusivo para cada um de nós – o que passei a chamar de bolha de filtros – que altera fundamentalmente o modo como nos deparamos com ideias e informações' (2012, p. 14)."