ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007
Em linguagem comum significa perda de posse, de um afeto ou das capacidades mentais.
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"Na linguagem filosófico-política hoje corrente, esse termo tem os significados mais dispares, dependendo da variedade dos caracteres nos quais se insiste para a definição do homem. Se o homem é razão autocontemplativa (como pensava Hegel), toda relação sua com um objeto qualquer é Alienação. Se o homem é um ser natural e social (como pensava Marx), Alienação é refugiar-se na contemplação. Se o homem é instinto e vontade de viver, Alienação é qualquer repressão ou diminuição desse instinto e dessa vontade; se o homem é razão (entendida de qualquer modo), Alienação é refugiar-se na fantasia; mas se é essencialmente imaginação e fantasia, Alienação é qualquer disciplina racional. Enfim, se o indivíduo humano é uma totalidade auto-suficiente completa, Alienação é qualquer regra ou norma imposta, de qualquer modo, à sua expressão. A equivocidade do conceito de Alienação depende da problematicidade da noção de homem" (ABBAGNANO, 2007, p. 26-27).