"Muitas vezes se supõe que o objetivo da tragédia é a catarse — a purificação ou purgação das emoções despertadas em uma performance trágica. Apesar de sua prevalência, como interpretação do que Aristóteles realmente diz na Poética, esse entendimento é, na melhor das hipóteses, subdeterminado. Ao definir a tragédia de uma maneira geral, Aristóteles afirma:
'A tragédia, então, é uma imitação de uma ação séria e completa, e que tem alguma grandeza. Imita em palavras com acompanhamentos agradáveis, cada tipo pertencendo separadamente às diferentes partes da obra. Imita pessoas realizando ações e não depende de narração. Ela consegue, através da piedade e do medo, a catarse desse tipo de sentimento. (Poeta. 1449b21-29)'" (Aristotle. In: Stanford Encyclopedia of Philosophy. Tradução nossa. Disponível em: https://plato.stanford.edu/entries/aristotle/ )
"Dito isso, a catarse é, sem dúvida, um conceito-chave na Poética de Aristóteles, que, juntamente com a imitação (mimêsis), gerou enorme polêmica. Essas controvérsias giram em torno de três polos de interpretação: o assunto da catarse, a questão da catarse e a natureza da catarse. (Aristotle. In: Stanford Encyclopedia of Philosophy. Tradução nossa. Disponível em: https://plato.stanford.edu/entries/aristotle/ )
Aristotle. In: Stanford Encyclopedia of Philosophy. Disponível em: https://plato.stanford.edu/entries/aristotle/